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Como é difícil fazer o certo

Lá estou eu à frente da TV, igual a muitos, esperando o Jogo das Seleções da Argentina e a do pastor/palestrante, Tite. Depois dessa espera, entram em campo, na Arena New Química, do Corinthians, em São Paul, capital. Escolha do campo e da bola, um minuto de silêncio, e apita o árbitro. Três minutos de ensaio do jogo e, como diriam "ontem" os narradores de rádios, "adentram ao gramado" estranhos que paralisaram ao que poderia ter sido um espetáculo de futebol bem jogado e muito disputado. A nós, imagino, perplexidade, dúvidas e as indagações sobre o que estava acontecendo. Pior, até aquele instante, tampouco o pessoal da imprensa não sabia e/ou tinha informações sobre o que estava acontecendo. O que foi, o que não foi, nada era sabido ou informado. Um pergunta para o outro que devolve a indagação para o um!

O que parecia ser um problema exclusivamente sobre o jogo de futebol ou algum atleta especificamente, afinal soubemos que não. Era, o que devemos analisar com calma e sem disparates, estava intimamente ligado a "regras sanitárias" impostas para que se tenha melhores a maiores cuidados com a não transmissões da Covid-19. Aliás o que todos deveriam estar cientes e obedecendo. Faltou, penso, comunicação. Até que saiba mais, muito mais, descarto a ideia de que alguém tenha desejado enganar alguém. Será? Começam as especulações e por conseguinte o "jogo de empurra" entre brasileiros e argentinos, buscando colocar a culpa no colo de um para o outro.

E os espectadores - somente convidados especiais - nas arquibancadas em compasso de espera e nos telespectadores e ouvintes, um tanto estupefatos, aguardando diante de TVs e rádios. Jogadores conversando e alguns que jogam fora dos seus países inclusive em tom de confraternização. Um clima de expectativa para uns, ansiedade para outros e futebol que era o esperando, nada. Começam a surgir algumas versões. A mais parecida - até aquele momento - com a verdade nos dava conta de que quatro jogadores da Seleção Argentina teriam entrado no nosso país contrariando essas normas/regras sanitárias. Será que teriam vindo dentro de malas? Não se surpreendam com minha estranha pergunta, pois sempre imaginei que há obrigatoriedade de apresentação de passaporte às nossas autoridades, por parte dos estrangeiros! É isso? Mais ainda, pelo passaporte se sabe a procedência e a origem da viagem.

Não me incomodo com leis, normas e instruções, venham elas de onde vierem, pois as cumpro ainda que algumas possam ser absurdas. Então se há necessidade de "quarentena" de 14 dias, óbvio que esses atletas profissionais de futebol, que estiveram ou estavam no Reino Unido, não poderiam atuar naquele jogo. Agora, o assunto sai dos escritórios de Agência de Vigilância Sanitária, de Organização Mundial da Saúde, de Serviço Aéreo Portuário e seguem direto - já estão por lá - para serem resolvidos pela Conmebol, pela Fifa e também pela CBF. Sendo assim, perdemos todos, os convidados, os ouvintes de rádio e os telespectadores de TV. Onde quero chegar é que coisas e situações mal ordenadas, seja por quem for, ao natural, trazem prejuízo para o povo. Escudo-me para afirmar como fiz no título. Às vezes, como é difícil fazer o certo! Um abraço a todos!

Ponto final. Não sei -até hoje- se o assunto está encerrado, quais consequências com punições ou não. Aliás, não estou nem preocupado com tal problema!

Texto: Bira Alves
Jornalista

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